Fracturas da Extremidade Proximal do Fémur no Idoso
A mobilização da anca operada é realizada sem restrições, na grande maioria das
intervenções cirúrgicas, respeitando apenas a tolerância do doente. As
excepções são as fracturas operadas de artroplastia parcial ou total. Nestes
casos, devem ser tomadas precauções no sentido de prevenir a luxação da
prótese, durante 8 –10 semanas19,32. As limitações serão diferentes, consoante
a via de abordagem cirúrgica utilizada:
(a) Via de abordagem anterior ou antero-externa – Não efectuar flexão
acima dos 70-90º, rotação externa ou adução (para além da linha
média) e, sobretudo, não efectuar estes movimentos em combinação.
Não efectuar a hiperextensão da anca.
(b) Via de abordagem posterior – não ultrapassar os 70º - 90º de flexão, não
efectuar rotação interna, adução (para além da linha média) ou a combinação
destes movimentos.
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A transferência do doente do leito para a cadeira pode efectuar-se após
a remoção dos drenos, desde que o doente esteja hemodinamicamente
estável. A locomoção pode ser então iniciada (24-48 horas após a cirurgia).
Todo o doente que realizava marcha, antes da fractura, deverá fazer o treino
com o auxiliar mais adequado para a suas capacidades (começa habitualmente
com o andarilho).
A carga sobre o membro operado vai depender da estabilidade da fractura
e do tipo de implante utilizado. Estes dois factores estão directamente
dependentes do acto cirúrgico, cabendo ao Ortopedista ditar as regras, caso
a caso. De uma maneira geral, desde que a fractura esteja estável, a carga é
permitida apenas com as limitações impostas pela tolerância do doente19.
Na artroplastia total não cimentada, alguns cirurgiões não permitem a
carga total no membro operado antes de 6 a 8 semanas.
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