terça-feira, 25 de setembro de 2007

Reeducação Funcional

Fracturas da Extremidade Proximal do Fémur no Idoso
A mobilização da anca operada é realizada sem restrições, na grande maioria das intervenções cirúrgicas, respeitando apenas a tolerância do doente. As excepções são as fracturas operadas de artroplastia parcial ou total. Nestes casos, devem ser tomadas precauções no sentido de prevenir a luxação da prótese, durante 8 –10 semanas19,32. As limitações serão diferentes, consoante a via de abordagem cirúrgica utilizada:
(a) Via de abordagem anterior ou antero-externa – Não efectuar flexão acima dos 70-90º, rotação externa ou adução (para além da linha média) e, sobretudo, não efectuar estes movimentos em combinação. Não efectuar a hiperextensão da anca.
(b) Via de abordagem posterior – não ultrapassar os 70º - 90º de flexão, não efectuar rotação interna, adução (para além da linha média) ou a combinação destes movimentos.
A transferência do doente do leito para a cadeira pode efectuar-se após a remoção dos drenos, desde que o doente esteja hemodinamicamente estável. A locomoção pode ser então iniciada (24-48 horas após a cirurgia). Todo o doente que realizava marcha, antes da fractura, deverá fazer o treino com o auxiliar mais adequado para a suas capacidades (começa habitualmente com o andarilho).
A carga sobre o membro operado vai depender da estabilidade da fractura e do tipo de implante utilizado. Estes dois factores estão directamente dependentes do acto cirúrgico, cabendo ao Ortopedista ditar as regras, caso a caso. De uma maneira geral, desde que a fractura esteja estável, a carga é permitida apenas com as limitações impostas pela tolerância do doente19. Na artroplastia total não cimentada, alguns cirurgiões não permitem a carga total no membro operado antes de 6 a 8 semanas.

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